Postado em 06 de Outubro de 2020 às 10h54

      OUTUBRO ROSA: a prevenção é o melhor caminho

      Saúde (94)

      Você descobre que está com câncer.... E embora conheça algumas pessoas que passaram pelo mesmo problema de saúde, o baque do diagnóstico é tão grande que fica difícil assimilar. Segundo pesquisa realizada em 2019, pelo Instituto Oncoguia, 81% dos brasileiros tem contato direto com uma pessoa com câncer. Dados como este, dão ênfase em campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, que visam auxiliar na prevenção e diagnóstico precoce do câncer.

      Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018. A incidência tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos. No Brasil, a idade mais acometida pela doença é em torno dos 50 anos de idade. Quando descoberto em fase inicial, a chance de cura pode chegar até 95%. 

      Conforme a médica ginecologista, Cândice Bocaccio Sperb desde que o mês dedicado a conscientização da doença foi criado, mulheres do mundo inteiro foram estimuladas à prática do autoexame, procurarem seu ginecologista e, quando indicado, realizarem exames complementares como ultrassom e mamografia. “Foi sem dúvida um grande avanço no número de diagnósticos, tratamentos e curas”, afirmou.

      A doutora reconhece que entre outubro e dezembro, há um movimento em busca de consultas: “As mulheres comentam que já eram para terem vindo em outubro, sabe? Por causa do Outubro Rosa”. Cândice explica que a prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco, e a promoção de práticas e comportamentos considerados promotores, portanto, é indicado realizar exercícios físicos, seguir uma alimentação saudável e evitar o consumo de bebidas alcóolicas.

      Autoexame e sinais de alerta

      Segundo Cândice, muitas mulheres não se sentem seguras para realizar o autoexame: “Particularmente, gosto de estimular esse cuidado durante a consulta ginecológica, mostrando para a mulher como é a sua mama normalmente, para quando aparecer alguma alteração ela logo identifique”.

      O sinal mais comum e conhecido quando se fala em câncer de mama é justamente o nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. A médica lembra que existem ainda aqueles nódulos benignos, que não irão resultar em câncer, assim como os cistos de mama, encontrados normalmente nos exames de rotina. No entanto, outros sinais e sintomas precisam de atenção.

      A ginecologista explica que, às vezes, outros sintomas aparecem de forma mais precoce do que o próprio nódulo, por isso é necessário observar quando houver alterações de cor e textura na pele da mama (aspecto parecido com casca de laranja, vermelhidão, retração), descamação ou ulceração do mamilo, saída de secreção principalmente se for unilateral e espontânea (geralmente transparente, rosada ou avermelhada), inversão mamilar (quando o bico “entra para dentro do seio”), e surgimento de gânglios palpáveis na axila.

      Causas do câncer de mama

      Segundo Cândice, o câncer de mama não tem uma causa única, são diversos os fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.

      Já nos casos genéticos/hereditários, são relacionados à presença de mutações em determinados genes. “Mulheres que possuem casos de câncer de mama e/ou de câncer de ovário na família, podem ter predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos”, esclarece a ginecologista.

      Diagnóstico de câncer de mama em homens 

      Os primeiros sinais são como nos casos de câncer de mama em mulheres, alterações da pele, nódulo e trações. Embora seja possível, os homens representam 1% do total de casos. A doutora explica que para diagnosticar também é necessário buscar por um profissional e a realizar exames complementares. 

      No que diz respeito ao tratamento, Cândice esclarece que o procedimento é similar, com radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. “A particularidade que nos homens, como a mama é pequena, a cirurgia não é conservadora (retira todo o tecido mamário) e também ocorre mais facilmente a infiltração do câncer na pele e músculos do peito (causando metástases). Portanto, qualquer alteração que o homem repare nas mamas, deve procurar imediatamente atendimento médico”, conclui.
       

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