Entenda os riscos do medicamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou no dia 15 de outubro de 2021, a comercialização do chamado “hormônio do sono”. Desde dezembro as farmácias brasileiras passaram a vender melatonina em gotas ou comprimidos, sem a obrigatoriedade de prescrição médica.
Mesmo com a liberação, uma reportagem feita pela BBC e divulgada pelo G1, entrevistou especialistas que alertaram sobre os riscos do medicamento, principalmente quando utilizado sem orientação adequada. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), médico Paulo Augusto Miranda, afirmou que mesmo que a melatonina possa ser uma ferramenta terapêutica, não é indicada para todo mundo.
Também em entrevista para a BBC, o coordenador do Laboratório de Cronobiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), neurocientista Fernando Mazzilli, explicou que é preocupante a melatonina ser vendida “como se fosse um picolé”, já que a substância pode sim ser nociva.
No momento em que liberou o hormônio do sono para venda, a Anvisa citou outros países que já utilizam o medicamento como referência. Antes da liberação, apenas pacientes com receita médica poderiam solicitar a manipulação do remédio em farmácia. Atualmente as restrições são somente para idade, deve ser acima de 19 anos, e dose, no máximo 0,21 miligramas por dia.
Além disso, as embalagens contem advertência para gestantes, crianças, lactantes e pessoas envolvidas em atividades que requerem atenção constante. Para quem tem interesse em saber mais sobre o medicamento, recomendamos buscar orientação médica.