Incertezas no trabalho, preocupações com relação à saúde, rotina abalada.... É assim que o mundo tem vivido desde o início da pandemia. Todas estas situações interferem diretamente na qualidade do seu sono, capaz de influenciar aspectos da vida humana como: produtividade, vigor físico, capacidade mental e intelectual, humor e apetite. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), antes mesmo do coronavírus, 40% dos brasileiros já sofriam com algum distúrbio do sono.
No início da quarentena entre abril e maio, a palavra insônia foi a mais procurada no Google, e a busca por "remédio para insônia" cresceu 130% em maio de 2020. Uma pesquisa feita este ano, pela Royal Philips em 13 países, com a participação de 13 mil adultos, mostra que 74% dos brasileiros entrevistados tiveram um ou mais problemas de sono, sendo que 50% relataram que a pandemia teve interferência direta na qualidade do sono.
De acordo com o estudo, as mulheres foram mais prejudicadas, 79% afirmaram ter dificuldades para dormir, e 52% delas disseram sofrer com a insônia. O mesmo distúrbio afetou 40% dos homens, e 68% deles disseram ter apresentado novas dificuldades para dormir por conta da pandemia.
O cenário pouco favorável formado pelo coronavírus trouxe novos anseios e hábitos, inclusive o aumento do consumo de bebidas alcóolicas, o que também prejudica a qualidade do sono. Todo esse contexto, além de atrapalhar o sono, atrapalha a saúde dos seres humanos, sendo assim, buscar ajuda profissional é fundamental. A insônia não pode ser encarada como algo normal, principalmente quando ela se repete por mais de meses e com frequência de três ou mais noites por semana.
Seu tratamento pode envolver mudanças de hábitos ou até, em alguns casos específicos, o uso de medicações hipnóticas. Outros recursos alternativos podem ser aliados, como o uso de aplicativos para meditação e também para controle do sono.