O Brasil é o segundo país que mais transplanta no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, se considerarmos os números absolutos, e mesmo assim as filas de espera para receber um órgão são longas. Uma matéria divulgada pela CNN Brasil, afirma que 88% dos procedimentos de transplantes são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No mês de setembro campanhas se voltam para lembrar a importância de conversar sobre doação de órgãos, e como isso pode salvar vidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, foram realizados 8.853 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim (sendo este o responsável por maior quantidade: 5.999); 14.778 de córnea e 2.877 de medula óssea, totalizando 26.518 transplantes total naquele ano. Em 2019, ainda haviam 40 mil pessoas na lista de espera.
A realidade desses número pode ser mudada com uma simples conversa, e é por isso que a campanha Setembro Verde busca incentivar o assunto entre as famílias. Vale lembrar que existem duas formas de doação: doador vivo, que concorda com doação de rins, parte do fígado, medula óssea ou do pulmão; e também a doação por morte encefálica irreversível.
No segundo caso, a decisão fica por conta da família, por isso é importante sempre deixar claro suas intenções quanto a doação, a autorização para retirada dos órgãos precisa ser escrita e assinada pelos familiares. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostra que o principal motivo que impede a doação no Brasil, é justamente a recusa familiar.
Em 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias que tiveram parentes com morte encefálica comprovada, recusaram a doação. Especialistas analisam que isso se deve a desinformação, ou em alguns casos, fatores religiosos.
Portanto, se você reconhece a doação de órgãos como uma forma de ajudar outras pessoas a continuarem suas vidas com mais qualidade, converse com seus amigos e família, explique o seu posicionamento e quem sabe poderá também convencê-los da importância de ser doador.